A brasileira Yasmin Fernandes Silva está presa desde outubro |
A mãe de Yasmin Fernandes Silva, que tem medo de mostrar o rosto, conseguiu falar com a filha após várias tentativas frustradas desde que a jovem está presa nas Filipinas por tráfico de drogas. Ela foi flagrada, há quatro meses, com seis quilos de cocaína no aeroporto da capital Manila.
O futuro da brasileira começa a ser definido nesta quarta-feira (8), data da audiência em que a Justiça filipina vai apresentar a acusação formal contra ela. A estratégia da defesa é tentar derrubar o primeiro depoimento da jovem brasileira, alegando que a confissão aconteceu sem a presença de um advogado.
O julgamento ainda não tem data para acontecer. Na ligação com a mãe, Yasmin pede a sessão aconteça no Brasil. “O Brasil precisa fazer algo para me ajudar, é o meu país”, diz a jovem no telefone.
Muito emocionada, ela chora e conta que está com saudades da mãe. “Quero voltar para casa”, afirma.
Yasmin está num presídio feminino da região metropolitana de Manila, onde água potável e cama para dormir tem que ser pagas pelas detentas. Na conversa, ela reclama do tratamento que vem recebendo no local.
“Eu não falo a língua deles, eu não falo inglês, não entendo o que eles falam; fazem bullying comigo, tudo é culpa minha. Não quero passar o resto da vida nesse lugar, é muito ruim”, detalha.
Países asiáticos são conhecidos por serem duros na punição aos presos por tráfico, inclusive a estrangeiros.
Em 2015, os brasileiros Marco Archer e Rodrigo Gularte foram executados na Indonésia após serem condenados pelo crime. Mesmo com os protestos do governo brasileiro, o Itamaraty não conseguiu evitar o cumprimento da sentença.
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